Eu quero ser o Natal,
nascendo a cada dia,
deixando que o Deus-Menino
faça morada em mim.
Eu quero ser o pinheiro,
ao resistir bravamente
aos ventos fortes da vida,
enraizado em Deus.
Eu quero ser os enfeites,
dando cor e alegria
à vida de outras pessoas
pelos dons dados a mim.
Eu quero ser qual o sino
que ecoa ao longe o som,
chamando, unindo, reunindo,
a congregar as pessoas.
Quero ser luz do Natal
a iluminar co’mia vida
a senda de meus irmãos
com alegria e bondade.
Os anjos eu quero ser,
cantando ao mundo o Evangelho
que traz a paz e a justiça
e, sobretudo, o amor.
Eu quero ser a estrela
a conduzir toda gente
pelos caminhos da vida
a encontrar-se com Deus.
Os magos eu quero ser,
levando às mãos os meus dons
e entregá-los ao Menino
presente em cada pobre.
Eu quero ser a canção
co’ harmonia entoada,
meu interior revelando
u’a consonância com Deus.
Eu quero ser o presente
do Senhor ao ser humano,
fazendo-me fielmente
um grande amigo e irmão.
Eu quero ser o cartão
cuja mensagem de amor
e verdadeira bondade
em minhas mãos seja escrita.
Quero ser felicidade,
levando a todos perdão,
a paz restabelecendo
‘inda que esteja eu sofrendo.
Eu quero ser o presépio
a saciar de esperança
e do pão de cada dia
o pobre que há ao meu lado.
Serei noite de Natal
ao receber na humildade,
sem festas de Deus vazias,
o Salvador que é Jesus.
Serei sorriso e ternura
na paz de um Natal perene,
quando eu acolher em mim,
de fato, o Reino de Deus.
dezembro de 2017
sobre
mensagem do Papa Francisco